Como cristão sempre sou questionado sobre dois assuntos em específico: o Espírito Santo e os dízimos. O primeiro se revela através de uma dúvida natural pela nossa incapacidade de compreender uma coisa tão complexa. O segundo tem, quase sempre, um caráter provocativo. Abordarei, hoje, o Espírito Santo e, futuramente, os dízimos. Consigno, finalmente, que não tenho a intenção de esgotar todo o assunto, mas ressaltar os pontos principais.
I – Natureza Divina
É importante que se diga: o Espírito Santo tem natureza divina. A Bíblia nos ensina que há um Deus que se revela em três pessoas: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. É difícil para nossa mente limitada entender como um Deus pode se revelar em três pessoas. É como o sol que é ao mesmo tempo um astro, luz e calor. Exemplificando, é como se Deus Pai (criador) dissesse “haja luz”, em seguida Deus Filho (executor) apertasse o interruptor e Deus Espírito Santo (poder) fizesse aparecer a luz.
O Espírito Santo é o poder do Deus Trino.
Ele foi a força por trás do vento que dividiu o Mar Vermelho.
Ele foi a energia que lançou a pedra quando Davi matou Golias.
E Ele foi o grande companheiro de Jesus durante seu ministério na Terra.
Jesus veio como homem e como homem Jesus estava sujeito ao pecado. Tanto é que o próprio satanás tentou Jesus. Ora, satanás não tentaria Jesus se ele não pudesse pecar. No entanto, Jesus não pecou porque estava consolado pelo Espírito Santo. Se Cristo pecasse Ele também precisaria de um salvador.
O Espírito Santo não é menos nem mais que Deus Pai e Deus Filho. Todos têm a mesma natureza e os atributos da onipresença, onisciência e onipotência.
II - Personalidade
Outra coisa a ser destacada é que o Espírito Santo é uma pessoa. Muitos imaginam o Espírito Santo como uma fumaça ou algo flutuante, mas a Bíblia ensina que Ele é uma pessoa e como pessoa o Espírito Santo tem personalidade própria.
Uma pessoa só é reconhecida por sua personalidade, que representa seus sentimentos, suas emoções, intenções, vontades e intelecto. É a personalidade que diz quem a pessoa é (1 Coríntios 12.11. e Efésios 4:30.).
A palavra em hebraico utilizada para o Espírito Santo é “loopa”. Essa palavra, segundo o original, sugere que o Espírito Santo tem forma, o que fortalece o argumento de que é uma pessoa.
O Espírito Santo tem personalidade própria e suas emoções são expressas de forma individual na Trindade. Ele se alegra e se entristece, auxilia, consola, orienta e ensina. Ele é terno e sensível.
III – O Pecado de Morte
Jesus nos disse que ainda haveria perdão para aqueles que pecassem contra o Pai e contra o Filho. Entretanto, Ele disse que não haveria perdão para aqueles que pecassem contra o Espírito Santo (Lucas 12:10.).
Tal ensinamento parece um pouco ilógico, eis que Jesus ensinava que era Filho de Deus e salvador da humanidade. Por tais palavras, é razoável compreender que o pecado contra o Filho é que não mereceria perdão.
Entretanto, Cristo ensina de forma diversa e cabe a nós entender a razão disso. É como se Cristo dissesse: “meu sangue cobrirá todos os pecados, menos esse”.
E a resposta é muito simples e se encontra em João15:26.
O Espírito Santo jamais promove a si mesmo. Ele promove a Jesus.
O Espírito Santo é a testemunha do ministério de Jesus Cristo. A testemunha é aquela que atesta a ocorrência de fatos e acontecimentos dos quais presenciou e dos quais tem conhecimento. É aquela que atesta e divulga para outras pessoas que não presenciaram.
O Espírito Santo é a testemunha de Cristo por excelência. É ele que glorifica Jesus. É o Espírito Santo que convence a pessoa de que Jesus Cristo morreu na cruz para remissão de seus pecados.
Quando aceitamos a Cristo somos selados pelo Espírito Santo. É como se o Espírito Santo colocasse um selo espiritual que indicasse que somos de Cristo. Todos os seres espirituais são capazes de identificar aqueles que pertencem a Cristo. Pecar contra o Espírito Santo significa renunciar e abandonar a única esperança de salvação. Veja o que aconteceu a Ananias e Safira em Atos 5:3-10.
A pessoa que tem consciência da presença do Espírito Santo irá sempre glorificar a Jesus.
IV – Cheios do Espírito
Quando a pessoa tem um encontro com o Espírito Santo várias transformações ocorrem (Efésios 5:18-21).
A primeira, segundo o apóstolo Paulo, é a mudança no hábito de falar. O apóstolo disse que devemos falar uns aos outros “com salmos”.
Uma pesquisa recente constatou que de todas as palavras mais usadas em nosso idioma a mais freqüente é “Eu”. Mas o cristão guiado pelo Espírito tem um novo vocabulário, vez que não é egocêntrico, mas centrado em Deus.
A segunda manifestação é o louvor. Louvar a Deus é muito mais do que uma nova música, é uma mudança que tem lugar em seu coração. Quando você se transforma interiormente, uma nova melodia surgirá, espontaneamente.
O terceiro sinal é que você começará a dar graças. De um momento para outro você começará a agradecer a Ele por tudo. Vai agradecer pelo que é bom e pelo que não é tão bom assim. Você reconhece que aquele que concede todos os dons sabe, exatamente do que você precisa. Não importa o que aconteça você vai dizer “obrigado”.
A quarta manifestação é que você se tornará um servo. É isso que significa “honrar uns aos outros em amor”. Seu coração desejará ajudar as pessoas e estará sempre disposto a ajudar.
A expressão “enchei-vos” em Efésios não está associada à idéia de um frasco ou uma garrafa sendo enchidos. O tempo presente no grego é usado para informar que a plenitude do Espírito não é uma experiência de uma vez por todas, mas contínua. Não é uma coisa em que você diz: “estive cheio do Espírito Santo hoje, então não preciso mais”.
Vejo a expressão como as velas de um barco que são enchidas pelo vento. As velas são constantemente enchidas pelo vento, e quando isso ocorre o barco começa a se mover.
Diante disso, pode-se indagar: você conhece essa pessoa chamada Espírito Santo? Você sabe o que O alegra ou o que O entristece? Você caminha com o Espírito Santo? Você tem certeza da salvação?
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